Montreal foi uma das nossas paradas da viagem de carro no leste do Canadá em agosto deste ano. Tivemos pouco tempo para turistar, mas deu pra gente ver um pouco da cidade e do centro velho de Montreal, que é a parte mais turística.
No dia em que chegamos na cidade, já de tardezinha, aproveitamos para visitar o Mont Royal, o ponto mais alto da cidade, de onde temos uma vista linda do lugar. Lá no alto do monte tem um parque enorme, super arborizado, ótimo para caminhadas. Mas tínhamos acabado de chegar de Ottawa, já era quase noite e ameaçava chover, então só andamos pelo pátio do Chalet, super florido, e tiramos algumas fotos da vista.
No dia seguinte foi que conseguimos explorar um pouco da cidade. Fomos direto para o Porto Velho (Port Vieux). A cidade revitalizou o porto antigo e transformou a área num centro de lazer e cultura, com alguns museus e atrações para visitantes. Alugamos um quadriciclo para dar uma volta no calçadão do porto.
Dali, passamos pela praça Jacques Cartier e entramos pela rua Saint Paul. Nessa região você tem a nítida impressão de que está na Europa! A arquitetura é bem típica, antiga.
Achei curioso que quase não se vê bandeiras canadenses penduradas, mas sim as bandeiras do Quebec, azul e branca. Todo aquele papo de separatismo da parte francesa do Canadá é bem arraigado na cultura quebequense, pelo visto. Apesar de falarem francês por lá, conseguimos nos virar bem com o inglês, principalmente falando com as pessoas mais jovens. Eu até cumprimentava dizendo bonjour, e distribuía meus mercis e s‘il vous plaît,mas assim que eles detectavam que meu francês era Tabajara, mudavam pra inglês automaticamente.
Depois de namorar as vitrines de souvenir da rua Saint Paul, almoçamos na Creperie Chez Suzette. Eu estava doida pra comer crepe de novo! Comi um de espinafre com presunto e queijo que estava divino! E não podia faltar a sobremesa. Ainda bem que pedimos dois, pra dividir para nós quatro! Depois dessa orgia gastronômica, não sobrou estômago pra provar o rabo do castor, uma iguaria típica da região, que é uma massa frita (pense churros só que achatado) com coberturas diversas, como Nutella, ou banana, ou chantilly. Vai ter que ficar pra próxima.
Pra queimar as calorias do almoço, continuamos andando pela região antiga da cidade, em direção à Notre-Dame Basilica, uma igreja que foi construída na primeira metade do século 19. Eles cobram $5 para entrar na igreja, com ou sem visita guiada. De noite eles fazem um show de luzes e som chamado “And then there was light”, mas parece que estão cancelados no momento (a informação está no site da igreja).
De lá, voltamos pra região do porto e passamos rapidamente no Montreal Science Centre, um museu de ciências. As meninas adoram esse tipo de atividade. Como o museu ia fechar em meia hora, não deu tempo pra explorá-lo, mas assistimos um dos filmes que eles oferecem no cinema IMAX, em 3D. Vimos Galápagos, um documentário incrível sobre a fauna da ilha, e como as espécies se modificaram ao longo dos anos.
Pegamos o carro e fomos dar uma volta pela cidade, até o Parc Jean-Drapeau, onde fica o circuito Gilles Villeneuve da Fórmula 1. A pista fica fechada para lazer quando não é usada para o evento. Meu marido se sentiu o próprio piloto na largada da corrida, pisou fundo no acelerador, mas não pôde ir além de 30 km/h, que é a velocidade da pista para visitantes. Eles fecham metade da pista para bicicletas e pedestres.
Também passamos de carro pelo Parque Olímpico de Montreal, que sediou os Jogos Olímpicos de verão em 1976. As meninas já estavam cansadas, o trânsito estava bem intenso, então nem paramos pra andar pelo parque.
Passamos por bairros residenciais também, e fiquei intrigada com a arquitetura do lugar, com prédios baixos e escadas na frente dos prédios, que davam acesso aos outros andares. Nunca tinha visto isso pelas bandas do oeste, onde a gente tem acesso aos outros andares por escadas ou elevadores já dentro do prédio.
Não deu pra ver tudo que a gente queria ver. Queria ter ido no Jardim Botânico e no Biodome, mas não deu. Entretanto, gostamos muito do que conseguimos curtir da cidade. Montreal é uma cidade grande, cosmopolita, e muito diversa. Um dia a gente volta lá pra explorar mais.